Encontro com Cristo vivo e verdadeiro, segredo para cristianismo, diz cardeal
Antídoto para tempos de declínio e cansaço, explica Dom Geraldo Agnelo

Segundo o cardeal Geraldo Majella Agnelo, um cristianismo sem Cristo só tende a enfraquecer cada vez mais.

Em mensagem remetida a Zenit esta semana, o arcebispo de Salvador (Bahia, nordeste do Brasil), reflete sobre o enfraquecimento da prática religiosa nos dias atuais.

«Mas o que falta aos cristãos de hoje?» -- pergunta. «Por que a fé, as práticas religiosas estão em declínio e não parecem constituir para muitos o ponto de força na vida?»

«Por que o tédio, o cansaço e a fadiga de quem tem fé em cumprir os próprios deveres? Por que a falta de alegria entre os que acreditam em Cristo?», questiona o arcebispo primaz do Brasil.

Segundo Dom Geraldo Agnelo, a resposta «pode se resumir numa palavra: o nosso cristianismo é sem Cristo, impessoal, longínquo, que não é visto de perto, estranho, mesmo se tão conhecido».

«Numa palavra, não é uma pessoa viva e verdadeira, um amigo que caminha conosco, que está mais presente a nós do que o nosso eu, como nos diz Santo Agostinho», considera.

Tendo como contexto de reflexão o episódio bíblico da transfiguração do Senhor, o arcebispo afirma que, «para que as coisas mudem também para nós, como para os três discípulos sobre o Tabor, é preciso um maravilhamento, um enamorar-se da pessoa de Cristo, participar da sua transfiguração».

«Cristo que se transfigura para iluminar com a percepção de sua divindade, revelação do amor de Deus que envolve o coração da pessoa. É a atração de Cristo, não o constrangimento», destaca.

De acordo com o cardeal Agnelo, o cristianismo não pode ser vivido por constrangimento, «como uma taxa ou um imposto que obriga a qualquer um pagar».

«Talvez damos pouco espaço à ação de Deus que atrai a Si por seu Espírito Santo. Cristo se toca com os olhos do coração, da fé. Ele ressuscitou, está vivo», afirma.

Por Alexandre Ribeiro
Fonte: ZENIT. Salvador. 22/02/2008. ZP080222. www.zenit.org

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