Minha
mãe era portadora de um tumor cerebral inoperável e insensível
à radioterapia ou quimioterapia. É bem difícil explicar
o impacto que esse tipo de notícia causa numa família, cuja mãe
é agregadora e organizadora de tudo. Mas algo aconteceu naquele ano,
além do sofrimento e do medo. No meio da dor, encontramos Jesus e descobrimos
que Ele está vivo.
Deus veio com sua misericórdia
em nosso socorro, e buscar uma intimidade maior com Ele tornou-se a nossa prioridade,
independente de nossa mãe ser curada ou não. Fomos mudando o nosso
modo de pedir a cura. Continuamos, sim, a pedir-Lhe que a curasse, mas quanto
mais se aprofundava a nossa oração, a nossa comunhão vital
com Ele, fomos entregando a nossa mãe, confiantes na Sua providência:
“Pai, em nome de Jesus, peço que cures esse tumor de minha mãe,
mas que seja feita a Tua vontade e não a minha, pois ela antes de ser
minha mãe é Tua filha”.
Minha mãe foi operada, e os médicos
afirmaram que haviam retirado 90 por cento do tumor. Louvado seja Deus pela
cirurgia e pelos milagres que sabíamos, Ele havia operado nos nossos
corações. Aliás, passei a ter certeza, os milagres primeiro
acontecem nos corações.
Passada a cirurgia, travava-se uma verdadeira
batalha, pois cada dia de exame era dia de desconfiança absoluta no poder
de Deus. Eu passei a observar que isso acontecia muito mais forte quando eu
estava afastada de Deus.
Tudo acontecia errado, até no
resultado dos exames, alguns até afirmando que o tumor tinha voltado.
E, cada vez mais, a dúvida do poder de Deus me atormentava.
No final do ano passado, minha mãe
foi submetida a um novo tipo de ressonância magnética, cujo resultado
era dado em 15 dias. Independente de toda minha desconfiança, de ter
virado as costas para o meu Deus, por causa do medo que minha mãe voltasse
a adoecer e viesse a morrer, pedi a Deus dois milagres: a confiança na
cura da minha mãe e a cura do medo.
Nesse meio tempo, meu pai apareceu com
um aneurisma no coração. Ao invés de isso minar a esperança
e a confiança que começavam a ressurgir no meu coração,
esse fato só me deu mais forças para lutar. E pela graça
de Deus, entendi que não podia passar por toda aquela situação
de medo novamente. Então, lancei-me aos pés de Jesus e orei pela
minha cura.
Hoje venho testemunhar a vocês
mais essa vitória de Deus na minha vida. Quando me mostrei fraca, Deus
foi forte em mim. E, além da cura do medo, o resultado do exame da minha
mãe: o tumor, ou melhor, o resto dele, estava calcificado. O que os médicos
não conseguiram tirar, Deus fez virar pedra! Louvado seja o Deus do impossível!...
Andréa Garcia
Serva da Comunidade Bom Pastor
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