Belarus cicatrizará feridas com diálogo entre ortodoxos e católicos
Visita do cardeal Bertone ao país

Visitando Belarus, o cardeal Tarcisio Bertone apresentou o diálogo ecumênico como o caminho para resolver conflitos históricos que marcaram a história passada e recente desse país. O secretário de Estado, que visita oficialmente a nação desde a quarta-feira passada, reuniu-se na manhã desta sexta-feira com o episcopado de Belarus e com o chefe de Estado, Aleksandr Lukashenko.

Segundo informa a «Rádio Vaticano», em seu encontro com o episcopado católico, neste país de cerca de dez milhões de habitantes, de maioria ortodoxa, reconheceu as dificuldades que a Igreja Católica experimenta hoje, após as décadas de comunismo, por causa do exíguo número de sacerdotes, diáconos e outros colaboradores pastorais.

Desta forma, o cardeal, que é o braço direito do Papa na guia da Santa Sé, sublinhou a importância das relações com os ortodoxos e pediu para deixar de lado os preconceitos.

«O diálogo ecumênico – afirmou – é o instrumento mais apto para estabelecer um intercâmbio fraterno dirigido a resolver os conflitos com espírito de justiça, caridade e perdão.»

As relações ecumênicas não foram fáceis nestas terras desde o ressurgimento das comunidades católicas com a queda da União Soviética: não só haviam sido perseguidas, mas também careciam de personalidade jurídica.

De fato, reconheceu o cardeal, «a situação se complica ainda mais pelo fato de que estais esperando a restituição dos bens eclesiásticos confiscados pela legislação soviética, em particular pelo que diz respeito às igrejas e lugares de culto».

Alguns destes bens foram entregues a comunidades ortodoxas, de maneira que sua devolução provoca agora a oposição entre estas.

Ontem à tarde, o cardeal teve um encontro com a comunidade greco-católica do país, que mantém a liturgia oriental, como os ortodoxos, mas professa uma fidelidade a Roma que lhe custou em certas ocasiões a perseguição e a morte.

«A unidade dos diferentes ritos – destacou o cardeal italiano – é uma grande riqueza para a Igreja Católica; a comunhão eclesial é um tesouro que devemos conservar zelosamente, defendendo de qualquer risco ou perigo.»

fonte: Zenit.MINSK.20 de junho de 2008. ZP080620. www.zenit.org

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