Conversão permite descobrir amor de Deus, explica Papa
Em sua última audiência geral dedicada a Santo Agostinho
A conversão permite descobrir que Deus é amor, considera Bento XVI.
E a experiência da doçura de Deus é a necessidade de fundo que a humanidade experimenta para encontrar a esperança, declarou hoje durante a audiência geral.
Em seu encontro com milhares de peregrinos na sala Paulo VI do Vaticano, o pontífice concluiu a série de cinco intervenções que dedicou ao santo que, como confessou, talvez teve mais importância «em minha vida de teólogo, de sacerdote e de pastor», Santo Agostinho de Hipona (354-430).
Em particular, reviveu sua conversão, que, como explicou, não foi uma experiência repentina, mas que viveu ao longo de toda sua vida.
«Convertido a Cristo, que é verdade e amor», «este grande enamorado de Deus» «se converteu em um modelo para todo ser humano, para todos nós na busca de Deus», explicou o Papa.
O Santo Padre reconheceu que sua primeira encíclica, Deus caritas est, «tem uma grande dívida, sobretudo em sua primeira parte, com o pensamento de Santo Agostinho».
E sintetizou assim a proposta que fez nesse primeiro grande documento de seu pontificado: «Também hoje, como em sua época, a humanidade tem necessidade de conhecer e sobretudo de viver esta realidade fundamental: Deus é amor, e o encontro com ele é a única resposta às inquietudes do coração humano».
«Um coração no qual vive a esperança – talvez ainda escura e inconsciente em muitos de nossos contemporâneos – para nós, os cristãos, abre já hoje ao futuro, até o ponto de que São Paulo escreveu que ‘na esperança fomos salvos’.»
Por este motivo, acrescentou, «à esperança quis dedicar minha segunda encíclica,Spe Salvi, que também contraiu uma grande dívida com Agostinho e seu encontro com Deus».
«Temos de purificar nossos desejos e nossas esperanças para acolher a doçura de Deus», disse o Papa aos fiéis, recolhendo uma das idéias centrais de Agostinho de Hipona.
«Só esta nos salva, abrindo-nos também aos demais», declarou.
Por este motivo, concluiu convidando os cristãos a seguirem «o exemplo deste grande convertido, encontrando como ele, em todo momento de nossa vida, o Senhor Jesus, o único que nos salva, que nos purifica e nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira vida».
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Fonte: ZENIT.org Cidade do Vaticano. 27/02/2008. ZP080227. www.zenit.org
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