Dicas para discernir a felicidade: mensagem a e-peregrinos da JMJ
O encontro do Papa com os jovens do mundo em Sydney

Por Marta Lago

O caminho de preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) dá aos peregrinos dicas para discernir o plano de Deus na vida pessoal, pois disso depende a verdadeira felicidade.

«Todos estamos chamados a ser santos! E sê-lo é possível: esta é a graça que recebemos na Páscoa», anuncia o bispo coordenador da JMJ em sua «Mensagem de Esperança», da última edição de e-PEREGRINAÇÃO («e-PILGRIMAGE»), datada de março.

«Deus nos ama tanto que chama cada um para que sejamos felizes»; «só encontraremos a verdadeira felicidade se cumprirmos o plano que Ele tem para nós», adverte Anthony Fisher no boletim – criado para todos que «virtualmente» já peregrinam a Sydney (Austrália), diocese anfitriã da JMJ.

«Deus escolheu um caminho particular, especialmente para você» – diz o prelado a cada jovem leitor; «esse é seu plano pessoal, sua vocação».
Para descobrir esse caminho pessoal, é necessário «saber responder às perguntas: quem sou eu? Para que Deus me criou?».

«Pode ter lhe criado para que se case e forme uma família e seja santo/a entregando-se a seu cônjuge e a seus filhos – aponta o bispo australiano. Pode ter lhe criado para que seja sacerdote ou consagre sua vida a Ele como religioso/a, e para servir-lo cooperando em sua missão de contemplação e evangelização até os confins da terra.»

Deus «sempre está amorosamente disposto para responder-nos»; basta saber ouvir sua voz. Para isso, Dom Fisher sugere algumas pautas gerais de discernimento vocacional, começando por «fomentar uma vida intensa de oração» e «receber mais freqüentemente os sacramentos, especialmente assistindo a Missa com mais freqüência e rezando frente ao Santíssimo».

«Escute Deus que lhe fala nas leituras das Escrituras, homilias e orações da Missa, e na leitura da Bíblia em particular», aconselha a cada jovem.

Sugere prestar atenção aos ensinamentos que Deus envia «através da oração, através das pessoas» e no coração, aprofundar no conhecimento de si mesmo, buscar um bom conselheiro ou diretor espiritual que ajude neste discernimento e confiar este a Maria Santíssima, para que ela possa guiar cada um na resposta generosa ao chamado pessoal.

«Seu chamado nunca será uma imposição – sublinha Dom Fisher. Ao contrário, é uma resposta livre ao amor de Deus, que satisfaz os anseios mais profundos de seu ser.»

«Cristo bate à porta de seu coração: Ele nunca empurraria a porta para abri-la!», insiste, recordando o que Bento XVI afirmou na Missa de inauguração de seu Pontificado: «Não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, mas dá tudo».

Na seção «Fundamentos de fé», o boletim da JMJ declara o sentido de vida consagrada, vida religiosa e virgindade para o Reino.
«Através do Batismo – lê-se –, cada um de nós foi dedicado, pertence ou é consagrado, a Cristo. Recebemos os dons e os frutos do Espírito Santo e estamos unidos na tarefa de construir o Corpo de Cristo (a Igreja) e de levar Jesus Cristo aos demais no mundo (nossa vocação missionária).»

Mas alguns cristãos «recebem o dom especial ou ‘carisma’ de viver de uma forma particularmente radical o compromisso de vida consagrada». Por isso, «escolhem livremente professar seu amor a Cristo ante a Igreja» através de formas de vida fundadas nos três grandes conselhos evangélicos de pobreza, obediência e castidade.

«Estes três conselhos encarnam esse caminho de sacrifício que o próprio Jesus Cristo viveu»; por sua vez, «esta forma de vida é escatológica, um sinal de nossa futura ressurreição», explica «e-PILGRIMAGE» aos jovens.

A vida consagrada não questiona a bondade da vocação ao matrimônio ou da vida de família, matiza: «o matrimônio e a vida consagrada se complementam entre si e se apóiam mutuamente na vida da Igreja».

No link http://www.wyd2008.org/index.php/es/pilgrims_registration/epilgrimage
pode-se baixar em formato pdf o último boletim e suas edições anteriores.
Site oficial plurilíngüe da JMJ: www.wyd2008.org
Fonte: ZENIT. Sidney. ZP080401. www.zenit.org

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"É preciso ser diante de todos o que se é diante de Deus". (Edith Stein)