Missão do Papa, servir à unidade da única Igreja de Deus
Queridos irmãos e irmãs! A liturgia deste domingo se dirige a nós, cristãos, mas, ao mesmo tempo, a todo homem e mulher, a dupla pergunta que Jesus propôs um dia a seus discípulos. Primeiro lhes perguntou: Quem as pessoas dizem que eu sou?. Eles lhe responderam que para alguns do povo Ele era João, o Batista, ressuscitado, para outros Elias, Jeremias ou algum dos profetas. Então o Senhor interpelou diretamente os Doze: E vós, quem dizeis que eu sou?. Em nome de todos, com impulso e decisão, foi Pedro quem tomou a palavra: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Solene profissão de fé, que desde então a Igreja continua repetindo. Também nós queremos proclamar isto hoje, com íntima convicção: Sim, Jesus, tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo! O fazemos com a consciência de que Cristo é o verdadeiro tesouro pelo qual vale a pena sacrificar tudo; ele é o amigo que nunca nos abandona, porque conhece as esperanças mais íntimas de nosso coração. Jesus é o Filho de Deus vivo, o Messias prometido, vindo à terra para oferecer à Humanidade a salvação e para satisfazer a sede de vida e amor que habita em todo ser humano. Que benefício teria a humanidade se acolhesse este anúncio que traz consigo a alegria e a paz!
Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!. A esta inspirada profissão de fé por parte de Pedro, Jesus replica: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. A ti darei as chaves do reino dos céus. Foi a primeira vez que Jesus fala da Igreja, cuja missão é a atualização do plano grandioso de Deus de reunir em Cristo a humanidade inteira em uma única família. A missão de Pedro e de seus sucessores é precisamente servir a esta unidade da única Igreja de Deus formada por judeus e pagãos; seu ministério indispensável é o de fazer que esta não se identifique nunca com uma só nação, com uma só cultura, mas que seja a Igreja de todos os povos, para fazer presente entre os homens, marcados por numerosas divisões e contrastes, a paz de Deus e a força renovadora de seu amor. Servir portanto à unidade interior que provém da paz de Deus, a unidade de todos que em Jesus Cristo se converteram em irmãos e irmãs: esta é a missão peculiar do Papa, Bispo de Roma e sucessor de Pedro. Perante a enorme responsabilidade desta tarefa, advirto cada vez mais o compromisso e a importância do serviço à Igreja e ao mundo que o Senhor me confiou. Por isto vos peço, queridos irmãos e irmãs, que me sustentais com vossa oração, para que, fiéis a Cristo, possamos juntos anunciar e testemunhar sua presença neste nosso tempo. Que nos obtenha esta graça Maria, que invocamos confiantes como Mãe da Igreja e Estrela da Evangelização.
Fonte: ZENIT. CASTEL GANDOLFO. 24 de agosto de 2008. ZP080824. www.zenit.org
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